A Frozen Flower


A Frozen Flower



Dados técnicos:

  • País: Coréia do Sul.
  • Dirigido e escrito por Yoo Ha, produzido por Lee Tae-heon.
  • Protagonizado por Jo In-sung/Joo Jin-mo/Song Ji hyo
  • Ano de lançamento: 30 de Dezembro de 2008.
  • Faixa indicativa: Contém cenas de violência e sexo. Eu geralmente não tenho essa de ser pra criança ou não, acho que filme bom tem que ser mesmo é assistido. Porém quem não gosta de cenas de sexo explícito e violência é melhor não assistir, pois sua falta de atenção pode comprometer o enredo não assiste pra depois não falar merda seu fraco.
  • Nota: 9. Ou seja, você TEM que assistir.




Opinião geral:

O filme usa como plano de fundo o reinado de Gongmin of Goryeo (1330–1374) para mostrar uma história de traições ao reino, paixões avassaladoras e questões de éticas e comportamentos da época. O diretor Yoo Ha (o qual já me tornei fã e estou até reservando um próximo filme dele para ser comentado aqui) não podia ter escolhido cenário melhor. Tive o prazer de ver casos em que pessoas não conhecedoras de filmes orientais das quais acham que se baseiam apenas em kung-fu, Jackie Chan ou Bruce Lee, se surpreenderem com esse enredo que tem tudo que eu particularmente amo junto. A trilha sonora, a paisagem, as vestimentas, a classe e principalmente, os atores que são lindos de doer e fazem os olhos de qualquer um brilhar. Qualquer um. 


O enredo tem diversas perspectivas, mas de longe a que chama mais atenção é o romance do bonitão Rei Goryeo com o chefe da sua guarda real também lindo Hong-Lim. Porém esse amor se põe a prova quando o Rei, incapaz de dar a luz a um herdeiro, pede para seu mais honrado homem que o tenha com sua Rainha. Ai que o bicho pega, porque o seu amante acaba se apaixonando pela jovem mulher, dando início a uma crise intensa de ciúmes no sofrido Rei.  

Enredo e opinião (contém spoilers):

Eu realmente amei esse filme. Do começo ao fim, foi só dar play no bendito que não desgrudei mais da tela. É TÃO difícil tentar ler as reações dos personagens, tentar ler o que eles sentem na hora e até agora aquele final foi uma incógnita pra mim. Já disse que estou amando o Yoo Ha? Pois é, como todo amante de cinema sabe um filme bom é aquele que você interpreta ele. Quando um filme, uma história, é executado com maestria você fica angustiado, aflito. Um bom filme te faz pensar. E é isso que o diretor fez.
Este enredo basicamente falando, na minha humilde opinião como sempre, é sobre ciúmes. Mas para tentar esclarecer minhas ideias eu vou separar aqui para não confundir:

  • ·       Rei (ciumento, perfeito e gostoso, dono de uma linda voz, macho só que não)


Para mim (e vocês tem todo o direito de pensar o contrário) ele foi o mais injustiçado o filme inteiro. Eu teria feito tudo que ele fez do começo ao fim, inclusive ter castrado o rapaz quando o pegou com a boca na botija. A única coisa que eu não concordei em relação a atitude dele foi quando ele forjou a morte da rainha para trazer o Hong-Lim até si, não que isso fosse errado, foi uma ideia inteligente, mas eu teria contado quando Hong-Lim chegou para enfrentá-lo, no final, que ela ainda estava viva só para que ele permanecesse ao meu lado (ownt que fofo). Ter “confirmado” que ela morreu só deixou o moleque mais puto, e ele ainda teve a cara de pau de pedir pra ele ficar! “Assim cara, eu mandei cortar seu pinto, matei tua mina, vou desgraçar a vida do seu filho, te segui até o inferno, mas fica aqui comigo! T_T”
Mas o cara era um ferrado gente! Ser Rei não é fácil, tem toda a pressão de cuidar de um Reino inteiro, política, essas coisas, a questão de ele não ser fértil, ainda vem essa criança e o trai? Só eu achei uma judiação? Ele até deu uma escapulida do cargo para visitar o menino e o ingrato nem tava lá no “quartel”. INJUSTIÇA o nome disso...

  • ·       Hong-Lim (chefe da guarda real, lindo, amante nas horas vagas, uke*)


Esse menino ele me intrigava. Aquela cara de peixe-morto dele era tão difícil de ser compreendida! Eu não sabia que horas ele estava realmente amando o Rei, as horas que ele estava amando a Rainha... Mas, de acordo com meus devaneios eu acho que ele realmente amava o Rei, e, por favor, ninguém acreditou quando ele disse que não o amava no fim né? Outra coisa interessante de se analisar foram às lutas entre eles. Na primeira quando o Rei diz que lutar não é apenas técnica, mas sim o coração a gente vê obviamente que Hong-Lim, se a teoria estivesse certa, estava imparcial quanto à situação, pois nem colocava toda sua força no confronto. Já na segunda luta é notável a melhora dele, e por que isso? Porque ele obviamente estava possesso, deixando seu coração tomar parte na situação. Mas a questão está no porque ele estava bravo. 



“Ai Tia Mari, como você é estúpida, sua noob, é claro que é porque o Rei fanfarrão supostamente matou a Rainha...” Ai que você se engana. A raiva que ele tinha do Rei veio sendo plantada desde o começo do filme, percebam que na primeira tentativa de procriar com a Rainha ela não curte muito, e nem ele. Já na segunda já rola um clima e tals, eles começam a se gostar e o Rei ao perceber isso fica chateado, qualquer um ficaria... Poh eu to sendo trocado. Para mim o menino não estava apaixonado, era só o calor do momento, o sexo pra ele era algo necessário e ele começou a gostar daquilo, tanto é que ele e a safadinha tentaram enrolar meu bonitão dizendo que a tentativa de ter um filho não deu certo só para se encontrarem mais vezes e lhe botarem o chifre bem debaixo de seu nariz. Eles fizeram isso de qualquer jeito -.-“



Mesmo com Hong-Lim dizendo que amava a menina, defendendo ela, não acho que ninguém mude de opinião tão rápido. Podemos então chegar a duas conclusões, uma: Ele realmente amava a Rainha e só dava uns pegas no Rei porque não tinha experimentado nada com uma mulher antes (essa é a conclusão obvia) ou (agora a mais difícil que é o caminho que eu sempre escolho): não existe ex gay, se ele pegou o Rei é porque curtia o cara sim, e digo mais, essa revolta toda dele se deu por causa de birra. Isso mesmo birra. Porque o Rei controlava sua vida, não deixava ele sem envolver com quem ele não queria, não deixava ele tomar decisões que não lhe agradavam, Goryeo estava tirando dele vantagens muito além das que o cargo de chefe de guarda lhe proporcionavam. Acredito eu que o garoto pode ter pensado que o Rei não mandava em tudo na sua vida, e se ele quisesse ficar com alguém, ficaria e já era... Mesmo ela sendo sua esposa... Err... 



Resumindo, eles se amavam e formavam um casal lindo. Mas no fim, depois de tudo que o Rei fez, não sobrou amor suficiente no coração de Hong-Lim que o perdoasse.

Notas finas:

Aquele fim foi extraordinário, o Rei cantando enquanto caça com seu amado foi tão gay, tão romântico. Eu chorei bastante. E achei inclusive que quando os dois estavam caídos, após a luta final épica entre eles e o Rei já estava com o pé na cova, que Hong-Lim iria tirar forças do Lucifah para rastejar até o Rei e deitar em seu ombro, morrendo lá, junto com ele, mas não foi assim. Droga. Deixo meus pensamentos para fanfics de lado.
Ah, e eu já disse que peguei um ódio infernal daquela biblioteca? ¬¬


3 comentários:

  1. Olá pessoa, adorei a sua análise do filme, o filme é tudo isso mais um pouco do que você fala. É tão bom que eu dei play e disse: 'só dez minutos, depois vou dormir e acordo para estudar. Vejo o resto quando terminar os estudos, em breve.' Quando me dei conta, os dez minutos na verdade se transformaram em quase duas horas, tempo de duração do filme. Enfim, A Frozen Flower é um daqueles filmes que te prendem do começo ao fim, deixa você sem fôlego, maravilhado com a fotografia e os detalhes de tanta riqueza cultura, faz você escolher entre os 'mocinhos' e os 'bandidos', se é que há heróis ou bandidos, quando o assunto é poder, amor e tradição... E aí caríssima, que eu acho que você se empolga mais pela predileção do que pela análise do filme como um todo. Não acredito que o jovem chefe da guarda real ama o Rei, afinal amor é algo que você constrói e escolhe sentir, ou não. Mas no casa doa relação do Rei e o jovem chefe da guarda a tradição, eu acho que apenas ela, é o grande peso que mantém a relação entre os dois. Perceba que no início do filme, o jovem chefe, intervém pela vida de um dos seus soldados que foge ao lado de um mulher, isto porque, para um guarda real o amor/relacionamento ou simplesmente tico-tico no fubá com pessoas do sexo diferente era terminantemente proibido e condenado à pena de morte. Isto porque a guarda real tem que se manter casto e aos serviços do todo soberano, mesmo sendo tais serviços, a satisfação do rei entre quatro paredes. Como há o estabelecimento de amor em uma relação horizontal? Como o jovem chefe poderia mesmo amar o Rei que estabelece um relacionamento com base em suas vontades pessoas, privando o jovem de se sentir envolvido com uma pessoa de sexo diferente? Acredito que por vezes, o sentimento do jovem rapaz se confunda com o imenso respeito, devoção e, até certo ponto, 'gratidão' por ser o escolhido pelo Rei. Um tipo de dedicação onde a retidão moral e a sinceridade para com Rei são os pilares da relação dos dois, que termina satisfazendo o prazer a a vontade apenas de uma das partes, o Rei. Talvez isso a psicologia consiga responder através daquilo que eles chamar de Síndrome de Estocolmo, onde a vítima acaba desenvolvendo um tipo de amor e devoção pelo seu algoz. Mas claro, não estou dizendo que o Rei, em nenhum momento, foi o algoz do rapaz e, sim, que o contexto cultural e tradicional em que os dois se encontravam, fez com que o tipo de relação desenvolvida entre os dois se desse de maneira verticalizada, onde as vontades do Rei, eram as vontades do Rei. Do contrário, amor e sentimento profundo não teria sido desenvolvido pela Rainha, pessoa com quem ele vai para cama obrigado pelo Rei. O que ele sente pela Rainha é de natureza fundamentalmente diferente do que ele sente pelo Rei, isto se comprova primeiro por ele não conseguir mais seguir a regra da tradição e ser fiel ao Rei acima de tudo, ele rompe com uma das premissas fundamentais das quais está baseada a sua lealdade ao rei, passando a mentir para alimentar o seu desejo pela Rainha. Vê que entre os dois há desejo, vontade e amor, outra prova disso é quando o jovem, em uma de suas constantes fuga tanto da vigilância do Rei quanto de sua tração pela Rainha, compra-lhe um presente, não mata o seu irmão e, principalmente, mente seguidamente para o Rei. Enfim, esse blá blá blá todo é só para dizer que na verdade, eu acredito, que o jovem chefe desenvolvesse sim algum sentimento além da lealdade para com Rei, mas isso, porém, só foi estabelecido à base da imposição verticalizada dos desejos e das vontades do Rei, impostas a ele e a tantos outros desde da infância desses jovens. E o que ele aprendeu a sentir, a vivenciar e a deseja por vontade própria e ser correspondido por isso, foi o amor que ele sentiu pela Rainha e ela por ele. Enfim, um obra prima do cinema oriental, com enredo, trilha, fotografia e atuações fodástica. Parabéns pelo blog e obrigada pelo espaço!

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  2. Gostei da sua análise detalhista do filme "A Frozen Flower" e tal como você, o que mais me encantou foi o rei Goryeo (que gatão e olha que para eu achar um oriental "gato" não é fácil). Me impressionei com a calma dele e a voz, sempre tão equilibrada e sensata. Acho até, que esse rei teve uma paciência que eu não teria, logo quando Hong-Lim mente para o rei, dizendo que matou o irmão da Rainha, quando na verdade não o fez, logo aí, eu teria jogado ele na masmorra. Mas, o rei benevolente, lhe deu uma segunda chance, acho que ele sim, amava Hong-Lim.
    Fiquei apaixonada pelos cabelos deles, parecem elfos, na versão cabelo preto.
    O enredo, na minha opinião, não é rico, baseia-se simplesmente em ciúme, mas o filme foi feito de uma forma tão "brilhante" que não conseguimos desgrudar da TV. E olha que não é pelo sexo. Eles (orientais) são tão diferentes de nós, pouco emocionais, sábios, compenetrados, movem-se e falam como se fossem seres celestiais.
    Outra coisa que me chamou a atenção (não me achem pervertida) é que o sexo entre orientais (me refiro aos do filme) parece uma coisa tão pura e sublime, ao contrário do que com os ocidentais, que parece uma coisa mais carnalizada e selvagem. Será que sou só eu que penso assim?
    Eu não sou gay nem nada que se pareça (nada contra com quem é) e o casal que literalmente brilhou, foi o rei e o chefe da sua guarda pessoal. Apesar de todo o sexo que Hong-Lim fez com a Rainha, ela ficou meio apagadinha, não brilhou.
    E a cena final em que o Rei e o amante cavalgam de arco e flecha em punho, igual à pintura que Goryeo desenhou, foi lindíssima. Fiquei fascinada!

    Continue com seu bom trabalho em seu blog!

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  3. eu gostei do filme queria a rainha é hong lim junto com filho, o final queria saber ser a rainha é o filho do hong lim ficar no trono, mas foi top

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